O Governo de Goiás instituiu, nesta quinta-feira (1º/07), o
projeto de agregação de valor para o setor industrial de Goiás (AgreGO). A
intenção é promover o desenvolvimento neste setor nos próximos 10 anos. Lançado
pelo governador Ronaldo Caiado, durante solenidade no Palácio das Esmeraldas, a
iniciativa tem a cooperação da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do
Estado (Adial), Fórum das Entidades Empresariais e é desenvolvido em parceria
com a Magno Consultoria, que terá o objetivo identificar gargalos e propor
soluções de curto, médio e longo prazos para aumentar a atração de novos
negócios para o Estado.  A
Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) também integra e apoia o projeto.

O AgreGO prevê ações a serem executadas até 2030, por meio
de plano estratégico, com objetivo de estruturar, de maneira sustentável,
avanços para geração de renda e emprego em todo território goiano. O programa
tem viés intersetorial e contempla a atuação de outras pastas, como Secretaria
de Indústria, Comércio e Serviços (SIC) e da Economia.

Ao descrever o AgreGO, o governador pontuou que planejamento
é fundamental. “Não acredito em improvisação. Algo para dar certo tem que ser
muito bem estudado”, afirmou.  Por isso,
segundo Caiado, assim que conheceu a iniciativa deu todo apoio. “Se o
condicionante para que o projeto dê certo é a parceria do Estado, terão meu
aval com o objetivo de fazer com que a população goiana tenha os benefícios que
possam ser gerados em decorrência de todos os investimentos a serem feitos”,
pontuou.

Caiado disse que seu objetivo, como governador, é alcançar
parcerias para o desenvolvimento. “Digo aos meus secretários: governo pode
muito, mas não pode tudo, tem que ter parceiros, pessoas experientes, com
vivência”, observa ao ressaltar a atuação de integrantes que desenvolvem o
AgreGO. Lembrou, inclusive, o trabalho conjunto com o Fundo para o
Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec-Goiás), que acelerou obras de
pavimentação no Estado, com a doação de projeto executivo de engenharia. “Essa iniciativa aqui hoje é uma ajuda
enorme para o governo”, asseverou. 

Com execução em etapas, a proposta passa a ser integrada ao planejamento
estratégico do Estado. A meta é promover mudanças para garantir resultados
efetivos na geração de renda, incremento da arrecadação e equilíbrio fiscal.

A linha de atuação do AgreGO prevê identificação das
competências regionais e de análise dos fatores determinantes para a
competitividade dos setores escolhidos. Serão analisados também os índices de
risco para a realização de investimentos e aporte em programas governamentais
de ações que visam ampliar a competitividade das empresas, para assegurar o
aumento da sua participação no cenário nacional e global.

Sem achismo

O secretário-geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima,
disse que o AgreGO vem para dar embasamento e encontrar formas mais
qualitativas para industrializar o Estado. Vai dar respostas sobre condições
que precisam ser criadas para que efetivamente isso aconteça, “para que a gente
saia desse achismo de simplesmente dizer que é importante seguir por esse ou
aquele caminho. Trará elementos necessários para que se consolide uma política
que possa tornar isso mais viável”, ponderou.

Rocha Lima ressaltou, ainda, que o governo sempre ouve o
setor empresarial e, dentro do possível, adapta às políticas públicas com o que
vem de encontro a um maior desenvolvimento do Estado de forma mais acelerada.