“O autocuidado como fator de proteção e enfrentamento ao câncer de mama” foi tema da palestra ministrada pela psicóloga Kelly Seixas às colaboradoras da Codego, nesta terça-feira, 17, no auditório da sede da companhia. O evento contou também com a participação da bombeira militar Alessandra Iskandar, que compartilhou sua história de vida e superação da doença. A iniciativa faz parte das ações promovidas pela empresa em alusão ao Outubro Rosa, campanha internacional de conscientização e combate ao câncer de mama.

Especialista em Psicologia da Saúde e Hospitalar, Kelly Seixas ressaltou que as mulheres precisam se olhar no espelho e ficar atentas para reconhecer possíveis mudanças no próprio corpo. “É importante que a gente se olhe com atenção para perceber os sinais. E se você notar algo diferente, não tenha medo de procurar um médico para saber se está tudo bem. Nem sempre um nódulo no seio é sinal de câncer e não se pode deixar de fazer os exames por medo do diagnóstico”, destacou.

Foi a coragem de buscar o diagnóstico que salvou a vida da bombeira Alessandra Iskandar. Ao sentir dores na mama, ela procurou um especialista e, imediatamente, começou o tratamento. Segundo ela, “foi tudo tão rápido que eu tinha feito os exames regulares dos bombeiros seis meses antes de detectar o tumor e não tinha nada. O médico me disse que eu estava com câncer em um dia e, no dia seguinte, já comecei a quimioterapia. Se eu não tivesse agido rápido, não estaria aqui hoje para contar minha história”.

Durante o evento, as palestrantes explicaram que o autoexame é importante, mas a mamografia é fundamental para detectar a doença no estágio mais inicial. “Quando se percebe um tumor através do autoexame é porque ele já está grande. O ideal é fazer a mamografia porque ela detecta até mesmo os tumores bem pequenos, numa fase em que ainda são imperceptíveis ao toque”, explicou Kelly.

Além de incentivar a mamografia, a psicóloga falou também do cuidado que devemos ter com a saúde mental e ressaltou a importância da prática regular de exercícios físicos, de uma alimentação e hábitos de vida saudáveis como forma de prevenção ao câncer de mama. “Os fatores genéticos estão presentes em apenas 20% dos casos de câncer, 80% estão relacionados à rotina e aos hábitos de cada pessoa”, reiterou.

Mãe da pequena Valentina, de três anos, Alessandra concluiu o tratamento, fez a cirurgia de reconstrução da mama e conta sua história de superação para incentivar as mulheres a se cuidarem. “A gente não pode ter medo de procurar o médico e de falar com as pessoas sobre a doença. O câncer não me impediu de fazer nada, continuei fazendo tudo o que eu fazia, e hoje sou ainda mais forte do que antes”, concluiu.