O governador Ronaldo Caiado e a montadora de veículos Caoa anunciaram na tarde desta segunda-feira (23/11) a aplicação de R$ 1,5 bilhão de investimentos da empresa na unidade do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), administrado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego).
Somente a ampliação dos negócios da montadora, com investimento previsto para os próximos cinco anos, deve gerar 27 mil empregos, entre diretos e indiretos, além de atrair empresas satélites quando a produção anual ultrapassar 100 mil unidades mensais.
O aumento da produção no Estado foi viabilizado pela reinserção do Centro-Oeste na política de incentivos fiscais para o setor automobilístico, com a sanção da Medida Provisória 987/2020. A extensão do benefício para a região foi celebrada na cerimônia.
– Anápolis vai se transformar num parque industrial automobilístico. É esse o nosso sonho. Temos potencial de crescimento ímpar e logística diferenciada de outros Estados. Goiás é a bola da vez, projeta o governador Ronaldo Caiado.
Caiado mencionou a posição estratégica do município como ponto forte para consolidação do projeto. Conforme analisou, Anápolis tem a seu favor o fato de estar na região central do País, com investimentos já anunciados para melhoria das malhas rodoviárias federal e estadual, além da iminente inauguração de linha férrea, e ainda o aeroporto de cargas.
O presidente da Caoa, Mauro Correia, endossou a fala do governador sobre transformar Anápolis em um polo industrial automobilístico e argumentou que a estrutura já consolidada no município soma a favor do projeto como, por exemplo, a detenção da engenharia responsável pelo desenvolvimento de motores flex.
– Goiás hoje tem, em Anápolis, o mais moderno centro de desenvolvimento de eficiência energética para motores do Brasil, que foi implementado por uma empresa nacional e que é gerenciado por goianos, ressaltou.
Sobre a sanção da Medida Provisória 987/2020, Mauro agradeceu o empenho pessoal do governador, que foi a Brasília várias vezes para dialogar sobre o projeto.
– Isso é muito importante, porque nos traz a certeza de que podemos continuar investindo [em Goiás], frisou. Também comentou que além da Caoa, a medida manterá a Mitsubishi em território goiano, em Catalão, em distrito também gerido pela Codego.
Mauro definiu o anúncio de investimentos locais como um momento de felicidade, já que garantiu a manutenção de empregos e abriu margem para ampliação. A previsão é gerar, nos próximos anos, 2 mil empregos diretos e 25 mil indiretos, além de lançar novos veículos e atrair empresas satélites quando a produção anual ultrapassar as 100 mil unidades mensais. Atualmente, é de 86 mil.
O secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Adonídio Neto, disse que a consolidação de Anápolis como referência automobilística envolve as empresas que já estão estabelecidas, e que a ação é uma via de mão dupla, em que todos ganham.
– Nos ajude a trazer os fornecedores para nosso Estado, para mais perto. Quanto mais a gente verticalizar a sua produção, mais vai gerar emprego e diminuir os custos logísticos. A pauta em Goiás é o desenvolvimento, a geração de emprego e renda, afirmou.
A secretária da Economia, Cristiane Schmidt, garantiu que Goiás tem outro ponto a seu favor: a desburocratização graças ao ProGoiás.
– A ideia é: vai investir, gerar emprego e renda? É bom para o Estado? Então não tem governador ou secretário que vai dizer sim ou não. Vai fazer porque é bom para os goianos, salientou.
O prefeito de Anápolis, Roberto Naves, destacou o diálogo entre município, Estado e Federação como um importante instrume